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O Furacão Milton e procedimentos de saúde: quais são as principais ocorrências e necessidades de saúde da população afetada?

Sabemos que não temos furacões no Brasil, mas com o aumento disruptivo do impacto do Furacão Milton nos Estados Unidos, trouxemos para vocês um post completo sobre os principais impactos de um furacão desta magnitude nos sistemas de saúde.


A cada ano, furacões como o Milton causam devastação em larga escala, levando à necessidade urgente de assistência médica e reorganização dos sistemas de emergência. Vamos explorar as principais ocorrências médicas durante esses eventos, os traumas mais comuns e as maiores dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde.



O que é o Furacão Milton?


O Furacão Milton foi uma tempestade de categoria 4 que atingiu a costa leste dos Estados Unidos recentemente, causando grandes danos e afetando milhões de pessoas. Este furacão trouxe ventos extremamente fortes, chuvas torrenciais e inundações, criando um cenário de emergência e caos.


Com um impacto devastador sobre a infraestrutura, Milton não apenas destruiu cidades, mas também deixou rastros de danos no sistema de saúde, sobrecarregando hospitais, profissionais de saúde e equipes de resgate.


Os furacões são eventos naturais que causam uma série de traumas e acidentes em massa. O impacto direto dos ventos e inundações provoca acidentes graves que requerem atenção médica imediata.



1. Traumas contundentes

  • Desabamentos: A força dos ventos pode derrubar estruturas, levando ao desmoronamento de casas, prédios e galpões. Isso provoca traumas contundentes como fraturas, lesões na coluna e traumatismos cranioencefálicos.

  • Objetos voadores: Telhas, destroços e árvores arrancadas são frequentemente arremessados pela força do furacão, atingindo pessoas e causando lacerações, fraturas expostas e lesões nos órgãos internos.

2. Afogamentos

  • As inundações são uma das maiores causas de mortalidade durante furacões. Rios transbordam, estradas alagam e as pessoas podem ser arrastadas pelas correntes, resultando em afogamentos. Muitas vezes, as águas estão contaminadas, aumentando o risco de infecções graves.



3. Choques elétricos

  • Linhas de energia derrubadas pela tempestade, combinadas com inundações, criam um cenário perigoso, onde muitas pessoas são eletrocutadas ao entrar em contato com água eletrificada.



4. Exaustão por calor e desidratação

  • Com a destruição da infraestrutura, o fornecimento de água e eletricidade pode ser interrompido por dias ou até semanas. Isso resulta em pessoas desidratadas, especialmente idosos e crianças, que são mais vulneráveis. O calor excessivo durante a recuperação dos furacões pode levar à exaustão pelo calor e choque térmico.

5. Queimaduras

  • Explosões de gás, incêndios domésticos e acidentes com geradores portáteis que funcionam a gasolina são comuns durante furacões. Esses incidentes resultam em queimaduras de vários graus que sobrecarregam as unidades de pronto atendimento.

Imagem de furacão sobrepondo o  por do sol

Desafios enfrentados pelos sistemas de saúde durante um furacão

Os profissionais de saúde e os sistemas de emergência enfrentam grandes desafios logísticos e operacionais durante e após um furacão. Estes incluem:

1. Sobrecarga dos hospitais e centros de atendimento

  • A demanda por atendimento médico aumenta exponencialmente durante furacões, enquanto muitos hospitais ficam danificados ou operam com capacidade reduzida. O acesso a medicamentos, água limpa e equipamentos médicos pode ser seriamente comprometido.

2. Falta de suprimentos e medicamentos

  • As cadeias de suprimentos de medicamentos e equipamentos médicos são interrompidas, dificultando o atendimento adequado dos pacientes. Além disso, o transporte de novos suprimentos pode ser inviabilizado devido a estradas destruídas e aeroportos fechados.

3. Restrições de mobilidade

  • Ambulâncias e equipes de resgate podem ter dificuldade de locomoção em áreas afetadas por alagamentos ou detritos, atrasando o socorro a vítimas graves. Em muitos casos, as equipes de resgate também estão expostas a riscos, como quedas de árvores e postes elétricos.

4. Aumento de doenças infectocontagiosas

  • As inundações frequentemente causam surtos de doenças infecciosas, como leptospirose, hepatite A e doenças gastrointestinais. A proliferação de mosquitos após o furacão também pode aumentar a incidência de doenças transmitidas por vetores, como a dengue e a malária em países endêmicos.

5. Cuidados de longo prazo para pacientes crônicos

  • Pacientes que precisam de cuidados contínuos, como os que estão em diálise, tratamentos de câncer ou com necessidades de suporte ventilatório, ficam em uma situação de risco, já que hospitais e clínicas podem estar fechados ou sobrecarregados. A interrupção do tratamento pode agravar doenças pré-existentes.

Como os sistemas e profissionais de saúde podem se preparar para algo como um furacão?

A preparação é essencial para que os profissionais de saúde enfrentem os desafios trazidos por um furacão. Algumas medidas fundamentais incluem:

1. Planos de contingência hospitalar

  • Os hospitais devem ter planos de contingência que garantam a continuidade dos serviços essenciais, como unidades de emergência, suporte ventilatório e fornecimento de energia elétrica. Isso inclui o armazenamento de suprimentos de emergência, medicamentos e combustível para geradores.

2. Treinamento de emergência

  • Equipes de saúde devem ser treinadas regularmente para responder a situações de catástrofe, garantindo uma resposta rápida e coordenada. Simulações e exercícios de evacuação ajudam a preparar os profissionais para atuar em situações de caos.

3. Comunicação eficiente

  • A comunicação entre hospitais, ambulâncias e equipes de resgate é fundamental. Ferramentas de comunicação alternativas, como rádios e sistemas satelitais, devem estar disponíveis em caso de falha das redes de telefonia móvel.

4. Assistência psicológica

  • Além dos traumas físicos, muitos sobreviventes de furacões sofrem com o impacto psicológico do evento. Profissionais de saúde mental são essenciais para oferecer suporte a pacientes que enfrentam ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Principais estratégias de prevenção e redução de riscos

Embora os furacões sejam inevitáveis, existem medidas que podem ser tomadas para minimizar os riscos à saúde da população:

1. Evacuação planejada

  • Antes da chegada de um furacão, as autoridades locais devem implementar evacuações organizadas, dando prioridade a idosos, pessoas com deficiências e pacientes com doenças crônicas que necessitam de cuidados contínuos.

2. Fortalecimento das infraestruturas hospitalares

  • Hospitais localizados em áreas vulneráveis a furacões devem ser construídos ou reformados para resistir a ventos fortes e inundações. Instalações médicas em locais seguros ajudam a garantir que os serviços de saúde possam continuar funcionando durante e após o evento.

3. Educação comunitária

  • Campanhas de conscientização são fundamentais para preparar a população sobre como se proteger antes, durante e após um furacão. Isso inclui instruções sobre evacuação, primeiros socorros e a importância de não entrar em contato com águas de enchentes.


O impacto dos furacões nos sistemas de saúde é vasto e complexo. Eventos como o Furacão Milton não apenas devastam a infraestrutura, mas também criam uma grande sobrecarga para os sistemas e profissionais de saúde. Os traumas, as doenças e os desafios logísticos tornam esses eventos especialmente críticos para o sistema de saúde.

Em um mundo onde os desastres naturais estão se tornando cada vez mais frequentes e intensos, é fundamental que os profissionais de saúde e os sistemas hospitalares estejam prontos para responder rapidamente e de forma eficaz a crises como essa.

 
 

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