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A medicina de Da Vinci

Foto do escritor: Carlos FelipeCarlos Felipe

Atualizado: 2 de mai. de 2024

Hoje, separei um tema muito especial. Quero falar sobre um dos homens menos comentados, mas ao mesmo tempo mais surpreendentes para o início do que temos na medicina dos dias de hoje. Quero falar sobre Leonardo da Vinci.


Eu não sei você, mas o estilo de Da Vinci sempre me cativou. Algo meio místico, misturado ao empirismo e à metodologia científica - temas tão distintos - que entram em uma sintonia única na mente de um homem tão simples. Simples de criação, simples de vida, mas com uma sede por conhecimento tão absurda que nada o pararia.


Da vinci era pintor, escutor, desenhista, matemático e - acredite ou não - anatomista. Não sei se chegou a praticar a medicina, mas esse é um dos menores detalhes da vida dele.



Da infinidade de criações e notas escritas em toda a sua vida, quero tratar especificamente uma delas hoje. A percepção da visão através do olho humano. Como cientista, Da Vinci sempre procurou padrões no mundo qu eo cercava. Através disso, de alguns estudos com câmaras escuras e o comportamento da luz, ele começou a entender como a luz se comportava. Era o início do que hoje chamamos de PinHole, uma espécie de câmera fotográfica primitiva.


Porém, ao abrir e dissecar diversos cadáveres, da vinci começou a notar um padrão que se repetia: o olho tinha um funcionamento muito semelhante à câmera que ele tanto havia estudado. Seguia um padrão: havia um orifício por onde a luz entrava, uma câmara escura e um aparato receptor. A grande (e genial) diferença estava na complexidade do olho.


O olho precisa ver de perto, de longe, em ambientes com mais ou menos luz, precisa diferenciar cores. E tudo isso também está lá. Seja no cristalino, que altera a refração da luz e nos possibilita ajustar o foco, os músculos que aumentam ou diminuem o diâmetro do orifício por onde entra a luz, o próprio globo que permite a criação de um campo escuro, ou até a retina, com sua incrível capacidade de absorver e transmitir o que está sendo recebido.


Da Vinci foi, se não o primeiro, um dos primeiros homens a compreender de forma extremamente simples como o olho humano funcionava. Fez a ligação entre um tópico "da vida real" (leia-se fora da medicina) com a medicina, e com isso, entendeu que a imagem chegava invertida e que era transmitida por alguma espécie de nervo. Compreendeu os diferentes mecanismos e a forma como eles interagiam. E isso é genial.


E porque eu estou te contando essa história hoje? A medicina, ao meu ver, sempre foi recheada desses exemplos. "Grandes homens" que, fazendo o que amavam no fundo do seu coração, levaram o mundo a ver através dos seus olhos apaixonados.


E que com isso transformaram toda uma geração, quem sabe a realidade do mundo todo.


Homens que, por entenderem além do que a faculdade nos ensina, foram referência para os seus iguais. Sem o conhecimento prévio da PinHole, talvez da Vinci nunca teria cchegado a esse conhecimento, muito menos da forma que chegou.


E hoje eu quero te propor a se colocar nesse lugar. Deixar de ser 'apenas mais um na equipe', ir para 'apenas mais um dia de plantão', e se comprometer de verdade a estar lá. Mudar vidas. Melhorar, mesmo que um pouquinho, o entendimento de alguém sobre a própria condição. Ajudar e estar presente durante todo o tratamento. Se comprometer - de verdade - com as melhores práticas e terapêuticas para cada um dos que entram à sua porta.


E muito além disso. Pensar que, muito além das experiências dentro do consultório, a medicina se relaciona de forma profunda com todas as outras áreas do conhecimento. Sem exceção. E isso é um dos grandes diferenciais que se pode ter hoje.


Esse é o post de hoje. Talvez seja mais um desabafo. Um cansaço dessa rotina de fazer as coisas por fazer, de bater ponto. Sinceramente? Eu quero mais. E eu sei que existe um lugar onde isso é possível.



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Fotos disponibilizadas por IA, Pexels ou Unsplash.

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