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Escala de Manchester: classificação de risco no atendimento em saúde

Foto do escritor: Carlos FelipeCarlos Felipe

A Escala de Manchester de Classificação de Risco de Manchester é um sistema criado para otimizar o atendimento nas unidades de emergência, priorizando pacientes com base na gravidade de seus sintomas e necessidade de cuidados imediatos.


Esta escala objetiva melhorar a eficiência do atendimento e salvar vidas, categorizando os pacientes em cores que representam a urgência do atendimento. Utilizada em vários países e adaptada à realidade de cada sistema de saúde, ela permite que médicos e enfermeiros identifiquem rapidamente quem necessita de intervenção urgente e quem pode aguardar com segurança.


Aqui, vamos explorar a fundo a Escala de Manchester, sua aplicação prática, estrutura e impacto no sistema de saúde, com um foco direcionado para médicos, profissionais de saúde e estudantes de medicina.


Imagem que representa as cores utilizadas na Escala de Manchester

História e desenvolvimento da Escala de Manchester


A Escala de Manchester foi desenvolvida no Reino Unido na década de 1990 por um grupo de especialistas em atendimento de emergências, motivados pelo desejo de criar uma ferramenta objetiva para triagem nas unidades de emergência.


Essa necessidade surgiu da demanda crescente de atendimentos e da sobrecarga dos sistemas de saúde, onde o tempo de espera inadequado para alguns pacientes poderia resultar em desfechos negativos.

  • Primeira Implementação: Lançada em 1997, a escala foi amplamente aceita no Reino Unido e, desde então, adotada em diversos países ao redor do mundo.

  • Adaptação Internacional: No Brasil, a escala passou a ser utilizada e adaptada em várias unidades de saúde para responder à demanda local.



Objetivos da criação


Os principais objetivos da Escala de Manchester incluem:

  • Priorizar atendimento com base na gravidade: A triagem classifica o risco de maneira eficiente e padronizada.

  • Aumentar a segurança e eficiência do atendimento: Otimiza o tempo de resposta para pacientes em risco.

  • Proporcionar uma experiência de atendimento mais justa: Cada paciente recebe atendimento com base na necessidade clínica, e não na ordem de chegada.



Estrutura:


A Escala de Manchester utiliza cinco cores para classificação de risco, cada uma representando uma prioridade e um tempo de espera para atendimento.


A classificação é feita por profissionais treinados, considerando sinais vitais, sintomas, idade e outros fatores relevantes.


Classificação de cores

  1. Vermelho (Emergência): Atendimento imediato necessário.

  2. Laranja (Muito urgente): Atendimento em até 10 minutos.

  3. Amarelo (Urgente): Atendimento em até 60 minutos.

  4. Verde (Pouco urgente): Atendimento em até 120 minutos.

  5. Azul (Não urgente): Atendimento em até 240 minutos.


Cada cor representa um nível de risco, orientando a equipe sobre a urgência da intervenção necessária.


O objetivo é que pacientes com risco de morte ou complicações graves sejam identificados rapidamente, enquanto pacientes que podem aguardar sem risco são classificados para um tempo de espera mais longo.



Critérios de avaliação e parâmetros utilizados


A triagem é feita a partir de uma série de perguntas e observações clínicas, focando nos sintomas e sinais apresentados pelo paciente.


A Escala de Manchester avalia:

  • Sinais vitais: Frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura, entre outros.

  • Sintomas principais: Dor, dificuldade respiratória, estado de consciência.

  • Histórico médico recente: Cirurgias, doenças crônicas e outras condições.



Avaliação por sistemas


A Escala de Manchester categoriza os sintomas por sistemas corporais para uma análise direcionada, tais como:

  • Cardiovascular

  • Respiratório

  • Neurológico

  • Gastrointestinal


Essa abordagem permite uma avaliação rápida e direcionada, orientando o profissional na determinação do nível de prioridade do paciente.



Processos de implementação e treinamento


A Escala de Manchester exige um treinamento específico para que profissionais realizem a triagem de forma uniforme e precisa. No Brasil, cursos e certificações são oferecidos para capacitar os profissionais de saúde.


O treinamento abrange:

  • Teoria e prática: Ensina a aplicação correta da escala e o entendimento dos critérios de cada cor.

  • Simulações clínicas: A prática de cenários de emergência permite a aplicação da escala em condições controladas.



Benefícios e desafios da Escala de Manchester



Benefícios


  1. Redução do tempo de espera para casos graves: O uso da escala permite que pacientes com necessidades urgentes recebam atenção rapidamente.

  2. Aumento da eficiência no atendimento: A classificação por cores reduz o risco de falhas no atendimento por ordem de chegada.

  3. Padronização do atendimento: Facilita a criação de protocolos para equipes multidisciplinares.



Desafios


  1. Demandas de treinamento: A aplicação correta exige capacitação contínua dos profissionais.

  2. Limitações estruturais: Unidades de emergência com falta de recursos podem encontrar dificuldades em implementar a escala de forma eficaz.

  3. Risco de erro humano: A classificação incorreta pode resultar em atendimentos inadequados.



Estudos de caso e análise de cenários clínicos



Caso 1: Paciente com dor torácica


Um paciente de 50 anos apresenta dor torácica súbita e sudorese. Com base na Escala de Manchester, ele poderia ser classificado como laranja (muito urgente) devido ao risco de infarto agudo do miocárdio.


A intervenção é feita em até 10 minutos, aumentando a chance de recuperação sem complicações graves.



Caso 2: Paciente com febre e tosse


Uma criança de 8 anos com febre de 38,5ºC e tosse é classificada como amarelo (urgente), com o atendimento em até 60 minutos.


Essa classificação permite que os casos mais graves sejam atendidos primeiro, sem ignorar a necessidade de acompanhamento para a criança.



Perspectivas para o futuro e inovações


Com os avanços tecnológicos e a integração de dados, há possibilidades de aprimorar ainda mais a Escala de Manchester com inteligência artificial e automação.


Isso incluiria a possibilidade de:

  • Automação na triagem: Sistemas automatizados que sugerem a classificação de risco com base em algoritmos de aprendizado.

  • Monitoramento remoto: Pacientes poderiam ser monitorados à distância, permitindo que a triagem comece antes mesmo de chegarem à unidade de saúde.


A Escala de Manchester é um sistema bastante eficaz e essencial para o atendimento emergencial, especialmente em ambientes de alta demanda.


Ela permite que médicos e enfermeiros ofereçam um atendimento mais seguro e organizado, salvando vidas ao priorizar aqueles que mais precisam.

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Fotos disponibilizadas por IA, Pexels ou Unsplash.

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